O Monte Galeão é uma das principais riquezas naturais da vila de Darque, mesmo às portas da cidade de Viana do Castelo, que todos devem conhecer e ajudar a preservar. (Monte Galeão is a leading natural wealth of the village of Darque, just outside the city of Viana do Castelo, that everyone should know and help preserve).
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
RAPOSA PORTUGUESA
CARATERÍSTICAS
FÍSICAS:

Tem
um focinho esguio, rematado por umas orelhas longas e pontiagudas, e uma cauda
espessa e vistosa com cerca de 50 cm de comprimento. A pelagem é
castanho-avermelhada, e as patas estão dotadas de garras não retráteis.
As raposas podem atingir cerca de 1 m de
comprimento e pesar até 10 kg.
REGIME ALIMENTAR:
A raposa é um mamífero carnívoro.
Pontualmente, e se a oportunidade surgir, torna-se necrófago, alimentando-se de
carcaças de animais em decomposição. Os ovos também fazem as delícias das
raposas, que procuram ninhos de aves silvestres no solo para comê- -los.
Podem percorrer e adaptar-se a novos
territórios, desde que estes tenham comida em abundância. O facto de ser um
predador muito astuto, torna também fácil a sua adaptação a qualquer tipo de
floresta.
Comem fundamentalmente pequenos roedores,
coelhos e aves. Chegam
a ter cerca de 20 esconderijos de comida, conseguindo lembrar-se de todos eles.
Nas zonas rurais, por vezes assalta os galinheiros, tendo o hábito de matar em
excesso, o que lhe vale uma má fama entre essas comunidades. Vive normalmente em
grupos, formado por um macho adulto e várias fêmeas.
HABITAT:
Muito
embora tenham preferência por matas em mosaico,
florestas, bosques e campos agrícolas, surgem também em ambientes urbanizados,
sendo aí que atingem os picos de densidade nos habitats dominados pelo Homem.
REPRODUÇÃO:
A
época de acasalamento ocorre em Janeiro/Fevereiro e os nascimentos verificam-se
na Primavera, tendo a gestação uma duração de cerca de dois meses. A ninhada -
uma por ano - é geralmente composta por 4 a 5 crias, que nascem cegas. Permanecem
no covil durante as suas primeiras semanas de vida e só ao fim de um mês
começam a espreitar o mundo exterior e a aventurarem-se nas primeiras saídas. As
crias passam a comer alimentos sólidos a partir do início do Verão, altura em
que o covil é abandonado, e a meados do Verão já se alimentam sozinhas na área
defendida pelo casal. No início do Outono são já indistinguíveis dos adultos, e
os juvenis começam a dispersar-se e a procurar os seus próprios territórios.
A
raposa utiliza tocas escavadas e protegidas pela vegetação, construídas por ela
própria ou aproveitando as de texugos ou coelhos. Vive um máximo de 9 anos.
CURIOSIDADES:
A raposa é um animal de hábitos noturnos,
pelo que é relativamente fácil encontrá-la na beira das estradas ao anoitecer,
embora, por ser muito fugidia, só se veja normalmente a sua cauda desaparecendo
por entre a vegetação.
São animais muito resistentes e com grande
capacidade de adaptação.
Foi introduzida em determinadas zonas do hemisfério Norte, como o
Canadá e a América do Norte e, mais tarde, na Austrália e nas Ilhas Maldivas.
Este fenómeno tem origens que remontam à história da caça, desporto muito
popular e de raízes sólidas, que levou os colonizadores britânicos a
implantarem esta espécie pelos domínios Australianos, com o intuito, também, de
controlar as populações de pequenos mamíferos.
As raposas comunicam
entre si recorrendo a sons, algumas expressões faciais e a marcas odoríferas
que deixam no seu território (urina, fezes e secreções das suas glândulas).
PEGA-RABUDA
CARATERÍSTICAS
FÍSICAS:

Têm
cerca de 45 cm de comprimento, e os marcados contrastes brancos e negros da sua
plumagem quase dispensam uma descrição detalhada. A plumagem negra é muito
brilhante podendo, conforme as condições de luz, transmitir tons de azul,
violeta, bronze ou verde.
Não
há diferenças de plumagem entre os sexos, mas a fêmea é um pouco mais pequena
do que o macho.
REGIME ALIMENTAR:
Da Primavera até ao Outono, alimentam-se
principalmente de insetos, que nunca chegam a faltar completamente mesmo no
Inverno. Também exploram carcaças de animais mortos, caçam pequenos
vertebrados, especialmente ratos-do-campo e atacam ninhos até ao tamanho das
posturas dos faisões. Comem também grãos de cereais e outros alimentos
vegetais. Alimentam-se essencialmente no chão ou saltitando entre ramos e
arbustos. O hábito de armazenar comida excedente ter-lhe-á permitido adaptar-se
e expandir-se a habitats aparentemente inóspitos. Apesar de se alimentar nos
vários habitats que ocupa, parece preferir as zonas de pastoreio e zonas
próximas de superfícies de água onde os invertebrados do solo são mais
abundantes. No Inverno vasculham nas lixeiras quaisquer coisas que possam ser
aproveitadas.
HABITAT:
São aves que podem ser encontradas
numa grande variedade de habitats. Vivem principalmente em zonas agrícolas de
caraterísticas diversas, como terrenos de cultura com arbustos e árvores ou
pequenas matas nos campos, mas ocorrem mesmo em zonas suburbanas com parques ou
jardins.
REPRODUÇÃO:
Na época de reprodução esta espécie
tem comportamento territorial, tornando- -se bastante misteriosas e
silenciosas. O casal de pegas vive em acasalamento permanente, mantendo-se na
sua zona de nidificação se o Inverno não for muito rigoroso. Os ninhos que os
casais de pegas-rabudas fazem ou renovam, nas árvores (em segunda opção
constroem o ninho também em arbustos e no chão), todos os anos durante cerca de
40 dias, são muito distintos e resistentes.
O período de nidificação vai de abril
a junho, a fêmea incuba normalmente 5-6 ovos durante 17 a 18 dias. As crias são
depois alimentadas pelo macho e pela fêmea, duas a três vezes por hora. As
primeiras penas nas crias aparecem ao oitavo dia de vida e com 14 dias já têm
cauda. A permanência no ninho é de 22 a 27 dias.
CURIOSIDADES:
A sua reputação de ladra é
pouco justificada, uma vez que ocorrências autênticas de cleptomania são
extremamente raras, tendo sido no entanto reportados alguns casos de ninhos com
objetos brilhantes, não necessariamente de prata, mas que nada têm a ver com
alimento.
No
Inverno pode formar bandos com muitas dezenas de indivíduos e efetuar alguns
movimentos dispersivos.LAGARTIXA-DO-MATO
Nome científico: Psammodromus algirus
Lagartixa de tamanho médio, podendo atingir os
30 centímetros de comprimento máximo. Cabeça alta e de aspeto robusto. As
escamas dorsais são imbricadas, pontiagudas na extremidade e com uma quilha ou carena
central bem evidente. A sua identificação também é fácil através do padrão de
coloração, pelo menos nos exemplares mais típicos, em que o dorso é castanho,
com duas linhas laterais esbranquiçadas que se juntam ao nível dos membros
posteriores. A região ventral é normalmente esbranquiçada, com tons
avermelhados ou alaranjados na parte posterior do corpo, em especial na zona de
inserção da cauda.
Alimenta-se
principalmente de invertebrados de pequeno tamanho, entre os quais, aranhas,
escaravelhos, gafanhotos e formigas.
Pode ocorrer numa grande diversidade de
habitats, encontrando-se, em particular, associado a pinhais com solo arenoso e
a locais com cobertura arbustiva mais ou menos densa.
REPRODUÇÃO:
CARATERÍSTICAS
FÍSICAS:

REGIME ALIMENTAR:
HABITAT:
A
época de reprodução estende-se de abril a julho. O macho, com as suas melhores
cores (das quais sobressai o vermelho), presta-se então aos jogos amorosos, nos
quais abundam as corridas atrás das fêmeas e as pequenas dentadas, sobretudo
nos membros, cabeça e cauda destas. Como consequência, muitas vezes a cauda das
fêmeas acaba amputada. Após algumas perseguições, finalmente, com uma dentada
no baixo-ventre, o macho imobiliza a sua eleita e consuma rapidamente a cópula.
Normalmente a duração desta não se prolonga por mais do que alguns minutos. É uma
espécie ovípara, podendo efetuar várias posturas (até três) por temporada.
CURIOSIDADES:
O período de
atividade deste animal é
sobretudo diurno, é extremamente ágil e possui notáveis capacidades trepadoras.
Só se retira para o seu abrigo quando desaparecem os últimos raios solares.
Sempre vigilantes, ao ouvirem um ruído estranho imobilizam-se completamente,
podendo permanecer nessa posição durante algum tempo. Todavia, se nos
aproximamos fogem a grande velocidade, refugiando-se nos matos ou trepando por arbustos
e árvores.
GINETA
Nome científico: Genetta genetta

CARATERÍSTICAS
FÍSICAS:
Pelo
seu aspeto exterior, a gineta assemelha-se a um gato grande de pelo amarelado a
grisáceo salpicado de manchas negras no corpo e faixas transversais na cauda,
que tem o pelo mais longo. O corpo pode chegar aos 55-60 centímetros,
comprimento igual ou superior ao da cauda. A altura na cernelha é de 20
centímetros, e o peso oscila entre 1,2 e 2,5 quilogramas.
REGIME ALIMENTAR:
As
ginetas são predadores noturnos que vivem e caçam de forma solitária, ainda que
tolerem a presença de outros indivíduos da mesma espécie nas redondezas.
Ocasionalmente, as fêmeas colaboram na caça com as suas crias mais
desenvolvidas ou algum macho.
Alimentam-se
de insetos, mamíferos pequenos, lagartos e aves; por vezes ingerem também
frutos, em especial figos.
HABITAT:
Vivem tanto em bosques como em campo
aberto, e trepam bastante bem. Adaptam-se com facilidade a todos os tipos de
meios graças à sua reduzida especialização. São muito semelhantes aos miácidos,
os primeiros carnívoros que apareceram no Eoceno e deram lugar a todos os
grupos atuais. As povoações europeias parecem estar a desenvolver uma cada vez
maior resistência ao frio.
REPRODUÇÃO:
As
fêmeas parem 2 ou 3 crias por ninhada numa concavidade de uma árvore, e atingem
a maioridade com um ano de idade. Em liberdade vivem cerca de 10 anos, mas em
cativeiro chegam aos 20.
CURIOSIDADES:
A sua principal ameaça são algumas aves de rapina que procuram fazer da gineta a sua refeição.
No norte de África são frequentemente domesticadas nas zonas rurais, onde, tal como os gatos, livram as casas de pequenos animais.
BICHO-PAU
Nome científico: Ctenomorpha
chronus
CARATERÍSTICAS
FÍSICAS:

Este animal adapta-se
de forma brilhante ao universo da Natureza, valendo-se da camuflagem para passar despercebido a tudo e todos.
Sendo um animal
inofensivo, ele defende-se das ameaças permanecendo muito tempo imobilizado no
galho de um arbusto. Movimenta-se de forma muito lenta, procurando escapar aos
seus predadores, especialmente as aves.
Quando
adulto, os machos diferenciam-se das fêmeas por serem menores, mais finos e
possuírem pequenas asas que lhe permitem realizar pequenos voos
REGIME ALIMENTAR:
O bicho-pau é um
animal herbívoro, alimentando-se de ervas, folhagens e rebentos.
HABITAT:
O seu meio ambiente
natural são bosques/florestas, nas quais são encontrados entre as folhas da
vegetação local.
REPRODUÇÃO:
A reprodução destes
animais pode ser sexuada
ou assexuada. Um embrião é gerado sem que se recorra à fertilização.
O bicho-pau é um
animal ovíparo; os seus ovos são lançados pela fêmea em várias direções, permitindo que os
recém-nascidos possam espalhar-se por uma mais vasta região e longe da progenitora.
Estes ovos são
semelhantes a germes, posicionados casualmente na terra. As mães não escolhem
intencionalmente os locais onde os colocam, largando-os simplesmente na terra.
O desenvolvimento do
novo ser é muito lento (100 a 150 dias). A partir deste momento o bicho-pau é
denominado de ninfa e apresenta um aspeto físico similar ao do adulto. Logo
depois da saída do ovo ele já ultrapassa o tamanho do casulo que lhe serviu de
refúgio.
CURIOSIDADES:
Este animal produz
uma substância leitosa e repulsiva, que afasta os predadores, e também apresenta
o dom de restabelecer os membros eliminados.
O facto de se mover
por oscilações, leva a que muitas vezes seja confundido com uma folha
balançando ao vento.
Os insetos do sexo
masculino vivem cerca de 18 meses, enquanto os do sexo feminino sobrevivem por
mais ou menos 30 meses.
ELES ANDAM AÍ. VAMOS
ESTAR MAIS ATENTOS PARA OS CONSEGUIRMOS OBSERVAR.
domingo, 3 de junho de 2012
ESCOLOPENDRA
Nome científico: Scolopendra cingulata
CARATERÍSTICAS FÍSICAS:
Pode
atingir até 15 cm de comprimento.
REGIME ALIMENTAR:
Alimenta-se
essencialmente de outros artrópodes (insetos e aranhas) que mata injetando
veneno, através de forcípulos (apêndices) localizados na cabeça. Para presas maiores usa as patas traseiras para agarrar a presa e
torcendo-se injeta o veneno.
HABITAT:
Este animal
prefere os montados, prados, terrenos baldios. Encontra-se facilmente debaixo
de pedras em locais quentes e pedaços de tronco de árvore em decomposição.
REPRODUÇÃO:
A
reprodução destes animais é sexuada, com fecundação interna, em que o macho
deposita as suas células sexuais no corpo da fêmea, que as absorve. A fêmea
escava um pequeno buraco para por os ovos e guarda-os até à eclosão.
CURIOSIDADES:
É
a maior espécie de centopeia de Portugal e da Europa.
Apesar
de não serem muito agressivas são venenosas. O veneno é semelhante ao dos
escorpiões, ou seja, é bastante doloroso mas não é particularmente perigoso
para os humanos, embora em alguns casos possa desencadear reações alérgicas
graves, que deverão ter acompanhamento médico.
O melhor é termos cautela com estes amiguinhos.
sexta-feira, 1 de junho de 2012
ATIVIDADE DE IDENTIFICAÇÃO DE VESTÍGIOS DA VIDA ANIMAL
No passado dia 26 de Maio, deslocámo-nos ao Monte Galeão a fim de participarmos numa atividade que tinha como principal objetivo aprender técnicas de identificação de vestígios de animais que lá habitam e que nem sempre são facilmente observáveis. Esta iniciativa só foi possível graças à experiência, paixão e disponibilidade do Professor Pedro Gomes, da Universidade do Minho e à colaboração da Engenheira Leonor Cruz, do Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental de Viana do Castelo, que desde o início nos têm acompanhado no nosso trabalho de investigação relativo ao estudo de espécies animais do Monte Galeão. A eles deixamos aqui o nosso agradecimento, aguradando por mais iniciativas deste género.
sábado, 26 de maio de 2012
COELHO-BRAVO
Nome científico: Oryctolagus
cuniculus
CARATERÍSTICAS
FÍSICAS:

Esta espécie não apresenta dimorfismo sexual, pelo que somente se
faz a distinção pela observação direta dos órgãos sexuais, embora as fêmeas
tendam a ser mais compridas e pesadas.
Em Portugal encontra-se em todas as regiões do continente, bem
como nos Açores e na Madeira, onde foi introduzido pelos navegadores
portugueses.
REGIME ALIMENTAR:
Pode-se dizer que os coelhos não são esquisitos no que toca à alimentação,
servindo-se daquilo que o meio lhe oferece (rebentos e outras partes tenras das
plantas, cereais enquanto estes não estão maduros). Quando a vegetação herbácea
escasseia, as raízes, rebentos e cascas de árvores são a base da alimentação.
HABITAT:
O habitat preferencial do coelho é aquele onde exista alimento em
quantidade suficiente e vegetação protetora. Tem preferência por zonas de
paisagem diversificada e fragmentada, com parcelas agrícolas, de pastagem, de
matos, que forneça alimento, abrigo contra as condições atmosféricas adversas e
predadores.
É bastante sociável vivendo em colónias (diminuindo o risco de
predação). Constrói tocas comunitárias com profundidade entre os 0,5 e os 1,50
metros, constituídas por numerosas e extensas galerias ligadas entre si com
várias entradas e saídas. A distribuição das tocas e das entradas e saídas está
relacionada com o tipo de solo, de relevo, da água, da presença de árvores, da
disponibilidade de alimento. Existe alguma preferência por locais com arbustos
mais altos e por zonas próximas de árvores pois as suas raízes favorecem a
agregação do solo, diminuindo a probabilidade das tocas ruírem.
REPRODUÇÃO:
Os coelhos têm tocas específicas para os partos (normalmente
situadas perto das tocas das colónias) a uma profundidade de 50 cm a 1 metro,
que são construídas cerca de dois dias antes do parto. A preparação destas
tocas é da responsabilidade da fêmea. No fundo destas tocas ela coloca ervas,
folhas secas e pelos que arranca do seu próprio ventre. As crias permanecem aí
durante 19 a 21 dias, passando então para as tocas de habitação das colónias.
Passado seis meses após o parto, os juvenis tornam-se adultos.
Em média as fêmeas realizam 3 a 5 partos por ano, e a ninhada pode
ser constituída por 1 a 7 láparos (que nascem cegos, surdos e sem pelo) com
cerca de 60 grama cada. Num ano normal, uma fêmea pode gerar, em média, 15 a 20
láparos.
O macho delimita o território da colónia e é responsável por
expulsar os intrusos. Um macho pode ter várias fêmeas (espécie poligâmica) e
têm a capacidade de poder reproduzir-se em qualquer altura do ano, caso ocorram
condições favoráveis de clima e alimentação. A taxa de reprodução máxima é
verificada nos meses de janeiro a maio e normalmente durante os meses de julho
e setembro não se reproduzem devido ao clima e falta de alimento.
CURIOSIDADES:
O coelho é um animal cauteloso, não se afastando muito dos trilhos
definidos e a vigilância é realizada por todos. Não vê bem em frente, mas a
audição é excelente bem como o olfato (daí os movimentos constantes do nariz).
É vulgar ver os coelhos em alerta, erguidos sobre as patas traseiras, com as
anteriores pendentes, e ao mais pequeno sinal de perigo, batem com as patas
traseiras no solo produzindo um som de alarme (os restantes membros da colónia
fogem para os abrigos mais próximos).
Costumam fazer também tocas de recurso mais ou menos dispersas
junto a locais de alimentação e locais de repouso ao ar livre, onde se estendem
ao sol, abrigados do vento e escondidos pela densa vegetação.
RATO-DO-CAMPO
Nome científico: Apodemus
sylvaticus
CARATERÍSTICAS
FÍSICAS:

REGIME ALIMENTAR:
O
seu regime alimentar é muito variado, podendo considerar-se uma espécie
omnívora e oportunista, consumindo aquilo que, em determinado momento, é mais
acessível ou abundante. Geralmente a base da sua dieta são bagas, frutos,
sementes (castanhas, bolotas, pinhões, etc.), podendo consumir também caracóis,
minhocas e insetos.
HABITAT:
O rato-do-campo encontra-se em todo o
território, ocupando uma diversidade de habitats, que inclui praticamente todo
o tipo de bosques, zonas de mato, sistemas dunares, pradarias de erva alta, áreas
agrícolas e até zonas suburbanas.
Normalmente escava a própria toca, que
é pouco profunda, possuindo uma entrada, uma câmara para o ninho e outra para
armazenar comida.
REPRODUÇÃO:
Em zonas mais frias, a reprodução
decorre nas estações mais quentes, normalmente entre março e setembro. No
entanto, em zonas com maior influência mediterrânica reproduz-se praticamente
ao longo de todo o ano.
A gestação dura entre 25 e 26 dias e
durante o período reprodutor anual uma fêmea pode produzir três ninhadas, que
variam normalmente entre 4 e 7 crias. Estas nascem cegas e sem pelo, mas
desenvolvem-se rapidamente. O desmame ocorre passados 21 dias e alcançam a
maturidade sexual ao fim de poucas semanas. Os cuidados parentais são prestados
exclusivamente pela fêmea, que pode iniciar uma nova gestação logo após o
nascimento de uma ninhada. Vivem geralmente entre 18 e 20 meses.
CURIOSIDADES:
Os
seus principais predadores são carnívoros de pequeno e médio porte, com
destaque para a gineta (Genetta
genetta). Fazem também parte da dieta de diversas aves de rapina e
algumas cobras.
Durante
as noites de lua cheia, tanto o nível de atividade como os deslocamentos são
mais reduzidos, o que pode ser interpretado como um mecanismo de defesa anti
predadores. Há também algumas evidências que apontam para o facto desta espécie
se orientar pelo campo magnético.
Esta
espécie é dificilmente observável, devido aos seus hábitos noturnos e ao seu
caráter esquivo. Uma vez que muitas vezes se desloca aos saltos, as suas
pegadas ocorrem em grupos de 4.
Os
seus dejetos são pequenos, cilíndricos, de coloração castanho-clara e medem
cerca de 0,4 cm de comprimento.
É
portador de diversos agentes patogénicos, mas não é considerado um fator de
ameaça para animais domésticos ou para a saúde pública, contudo todo o cuidado
é pouco, devendo-se ter especial atenção à ingestão de alimentos que tenham
estado em contacto com este animal.
SALAMANDRA-DE-PINTAS-AMARELAS
Nome científico: Salamandra salamandra
CARATERÍSTICAS FÍSICAS:
A salamandra apresenta o corpo revestido por pele lisa e
brilhante, preta com manchas amarelas em número variável. Podem também ter
pontuações vermelhas. A cabeça grande e aplanada, de contorno arredondado.
Glândulas parótidas grandes e com poros escuros bem visíveis, olhos
relativamente proeminentes, em posição lateral. Corpo robusto com sulcos nos
flancos e uma fileira de poros glandulares em cada lado da linha média
vertebral.
O comprimento do corpo deste animal varia entre 14 e 17 cm,
embora raramente possa ultrapassar os 20 cm. As fêmeas podem ser maiores do que
os machos, mais robustas e com a cauda proporcionalmente mais curta.
REGIME ALIMENTAR:
A alimentação desta espécie é constituída por invertebrados
terrestres. As larvas são muito vorazes e alimentam-se de insetos aquáticos,
crustáceos, pequenos vermes e larvas de outros anfíbios ou mesmo da mesma
espécie.
HABITAT:
A salamandra habita preferencialmente
zonas montanhosas, húmidas e sombrias, com elevada precipitação anual, como
bosques caducifólios próximos de ribeiros ou charcos.
REPRODUÇÃO:
O período reprodutivo ocorre de
setembro a maio. O acasalamento ocorre em terra. É uma espécie ovovivípara que
deposita diretamente as larvas (20 a 40) no meio aquático e, algumas populações
chegam a depositar os juvenis já metamorfoseados. A metamorfose dura entre dois
e 6 meses. Os juvenis, com coloração já semelhante à dos adultos, são menos
sedentários, podendo realizar deslocações consideráveis. A Maturidade sexual é
atingida aos 3, 4 anos e a longevidade conhecida na natureza é de 20 anos,
embora, em cativeiro possa viver até 50 anos.
CURIOSIDADES:
A salamandra é um animal de hábitos noturnos, sedentários e
totalmente terrestres, procurando meios aquáticos apenas para depositar as
larvas. A sua atividade anual está concentrada apenas nos períodos mais húmidos.
Apresenta locomoção lenta, pelo que é uma das espécies mais atropeladas.
Certos mitos apontam erradamente que elas viverem no fogo, que é
o primeiro animal a comer os mortos, que por onde passa, queima as plantas,
etc...Não acreditem.
Fonte: charcoscomvida.org
terça-feira, 17 de abril de 2012
O ESQUILO-COMUM
Nome científico: Sciurus vulgaris
CARATERÍSTICAS FÍSICAS:
O esquilo-comum tem um comprimento típico de 19 a 23 cm (excluindo a cauda), uma cauda entre 15 e 20 cm de comprimento e um peso entre 250 e 340 g. Não apresenta dimorfismo sexual, pois machos e fêmeas têm o mesmo tamanho. Pensa-se que a longa cauda do esquilo o ajuda a manter o equilíbrio e postura quando salta de árvore em árvore e corre ao longo de ramos, podendo também ajudar o animal a manter-se quente durante o sono.
A cor da pelagem do esquilo-vermelho varia com a estação e a sua localização com pelagem castanho-avermelhada (no Verão) ou castanho-escura (Inverno). Apresenta orelhas grandes com um tufo de pêlos nas extremidades e olhos bem visíveis. A sua cauda é longa e em forma de penacho. O ventre é mais claro, geralmente branco. As patas posteriores são fortes e possuem garras compridas
REGIME ALIMENTAR:
Um dos vestígios da sua presença é a pinha roída e as suas escamas espalhadas no chão.
HABITAT:
É facilmente observavel em alguns pinhais e parques de zonas rurais e até urbanas (cidades e vilas) e a sua cauda felpuda torna-o inconfundível. É bastante comum no norte do país embora tenha o estatuto de raro. No entanto ainda não é considerada uma espécie em vias de extinção. Contudo, encontra-se protegido na maior parte da Europa por se encontrar listado no Apêndice III da Convenção de Berna para a Conservação da Vida Selvagem e Habitats Naturais Europeus; também se encontra listado como espécie quase ameaçada na Lista Vermelha da IUCN (International Union for Conservation of Nature). A sua procura/captura deve-se à sua pelagem, que em tempos foi utilizada como moeda de troca.
Normalmente habitam o cimo das árvores andando de ramo em ramo, mas de vez em quando descem ao solo. Nestas alturas se são surpreendidos a sua técnica de evasão é dirigirem-se para uma árvore próxima e subirem um pouco do tronco e depois escondem-se atrás do mesmo, de onde podem continuar a trepar a árvore de modo que o intruso o perca de vista.
REPRODUÇÃO:
CURIOSIDADES:
Esta espécie, armazena alimentos, enterrando-os no solo,
formando autênticas dispensas ou escondendo-os em buracos nas árvores.
segunda-feira, 16 de abril de 2012
A FUINHA

CARATERÍSTICAS FÍSICAS:
Este carnívoro de pequeno tamanho mede entre 40 a 50 cm, com cerca de 25 cm de cauda e pesando entre 1,1 e 2,5 kg. As fêmeas são sempre menores que os machos. O corpo é alongado e elegante e a cauda comprida e espessa. As patas são relativamente curtas e terminam em cinco dedos com garras fortes não retracteis. A sua pelagem é em tons de castanho, com uma mancha branca ou amarelada na zona do peito, garganta e membros anteriores.
REGIME ALIMENTAR:
É um predador oportunista que se alimenta de uma grande variedade de roedores, pequenos répteis, aves e seus ovos. Também consome insetos, frutos e bagas e desperdícios humanos. Este animal tem por hábito guardar as sobras das refeições junto da toca, para consumo posterior em períodos de escassez.
HABITAT:
A fuinha é um animal solitário, de hábitos noturnos e raramente visto pelo Homem. Cada indivíduo necessita de uma área entre 2 a 3 km² para procurar alimento. As fuinhas são excelentes trepadoras de árvores e no chão deslocam-se em pequenos saltos.
REPRODUÇÃO:
A época de reprodução decorre durante o Verão, mas a implantação do óvulo no útero da fêmea é retardada até à Primavera seguinte. A gestação propriamente dita dura em média cerca de 30 dias e resulta em 3 a 7 crias. Os juvenis recebem os cuidados parentais apenas da fêmea. A partir dos dois meses os juvenis começam a acompanhar a progenitora nas suas saídas em busca de comida, tornando-se independentes pouco depois. A maturidade sexual é atingida entre os 2 a 3 anos e a esperança de vida máxima, registada em cativeiro, é de 18 anos.
CURIOSIDADES:
As fuinhas tem um papel ecológico fundamental no controlo das populações de roedores nas áreas rurais. É um dos poucos carnívoros de pequeno porte que ataca ratazanas directamente; mesmo as doninhas, que são maiores, evitam confrontos com este roedor. Apesar desta importância, são vistas frequentemente como uma peste pelos ataques que por vezes realizam em galinheiro. De um modo geral, a fuinha adapta-se bem à presença humana e podem ser comuns em vilas ou mesmo cidades.
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