quinta-feira, 30 de agosto de 2012

RAPOSA PORTUGUESA

Nome científico: Vulpes vulpes

CARATERÍSTICAS FÍSICAS:

A raposa pode ser encontrada por todo o território de Portugal continental, apesar de ser um pouco difícil observar estes animais nas imediações das vilas e cidades.
Tem um focinho esguio, rematado por umas orelhas longas e pontiagudas, e uma cauda espessa e vistosa com cerca de 50 cm de comprimento. A pelagem é castanho-avermelhada, e as patas estão dotadas de garras não retráteis.
As raposas podem atingir cerca de 1 m de comprimento e pesar até 10 kg.


REGIME ALIMENTAR:

A raposa é um mamífero carnívoro. Pontualmente, e se a oportunidade surgir, torna-se necrófago, alimentando-se de carcaças de animais em decomposição. Os ovos também fazem as delícias das raposas, que procuram ninhos de aves silvestres no solo para comê- -los.
Podem percorrer e adaptar-se a novos territórios, desde que estes tenham comida em abundância. O facto de ser um predador muito astuto, torna também fácil a sua adaptação a qualquer tipo de floresta.
Comem fundamentalmente pequenos roedores, coelhos e aves. Chegam a ter cerca de 20 esconderijos de comida, conseguindo lembrar-se de todos eles. Nas zonas rurais, por vezes assalta os galinheiros, tendo o hábito de matar em excesso, o que lhe vale uma má fama entre essas comunidades. Vive normalmente em grupos, formado por um macho adulto e várias fêmeas.


HABITAT:

Muito embora tenham preferência por matas em mosaico, florestas, bosques e campos agrícolas, surgem também em ambientes urbanizados, sendo aí que atingem os picos de densidade nos habitats dominados pelo Homem.


REPRODUÇÃO:

A época de acasalamento ocorre em Janeiro/Fevereiro e os nascimentos verificam-se na Primavera, tendo a gestação uma duração de cerca de dois meses. A ninhada - uma por ano - é geralmente composta por 4 a 5 crias, que nascem cegas. Permanecem no covil durante as suas primeiras semanas de vida e só ao fim de um mês começam a espreitar o mundo exterior e a aventurarem-se nas primeiras saídas. As crias passam a comer alimentos sólidos a partir do início do Verão, altura em que o covil é abandonado, e a meados do Verão já se alimentam sozinhas na área defendida pelo casal. No início do Outono são já indistinguíveis dos adultos, e os juvenis começam a dispersar-se e a procurar os seus próprios territórios.
A raposa utiliza tocas escavadas e protegidas pela vegetação, construídas por ela própria ou aproveitando as de texugos ou coelhos. Vive um máximo de 9 anos.


CURIOSIDADES:

A raposa é um animal de hábitos noturnos, pelo que é relativamente fácil encontrá-la na beira das estradas ao anoitecer, embora, por ser muito fugidia, só se veja normalmente a sua cauda desaparecendo por entre a vegetação.
São animais muito resistentes e com grande capacidade de adaptação.
Foi introduzida em determinadas zonas do hemisfério Norte, como o Canadá e a América do Norte e, mais tarde, na Austrália e nas Ilhas Maldivas. Este fenómeno tem origens que remontam à história da caça, desporto muito popular e de raízes sólidas, que levou os colonizadores britânicos a implantarem esta espécie pelos domínios Australianos, com o intuito, também, de controlar as populações de pequenos mamíferos.
As raposas comunicam entre si recorrendo a sons, algumas expressões faciais e a marcas odoríferas que deixam no seu território (urina, fezes e secreções das suas glândulas).

1 comentário:

  1. Todas as noites tenho encontro com uma raposa, raras vezes falhando. Come à mão, salta para cima do jipe, entra dentro do carro e já encostei diversas vezes a minha cara à dela. Já reduzi a dose de comida que lhe levo, para que não se habitue a depender de mim. Constato, pelas fezes, que continua a caçar.

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